Quando eu ainda estava na faculdade, um professor comentou que um dos erros mais comuns nas empresas era reduzir investimentos em pesquisa e desenvolvimento (P&D) em épocas de crise. Justamente nos momentos em que é necessário “pensar fora da caixa”, cortam-se os recursos para isso…
Infelizmente, isso não é exclusividade das empresas, como pode ser observado no relatório da OECD sobre o assunto em 2014. Segundo a edição mais recente (2018), o problema persiste:
Desde 2010, o investimento público em I&D na OCDE como um todo, e em quase todos os países do G7 estagnou ou diminuiu, não só em termos absolutos e relativamente ao produto interno bruto, mas também em termos de percentagem da despesa pública total.
OECD Science Technology and Inovation Outlook 2018
Para piorar, recentemente tivemos notícias de cortes nas verbas destinadas ao Sistema S. Logo aqui, onde não precisamos nem falar de P&D porque o déficit de educação é um problema crônico! Como desenvolver um país em que a educação é relegada a segundo plano, chegando até a ser considerada “despesa” e não “investimento”?
Eu canso de ver pessoas estudadas repetindo o ditado Quem sabe, faz; quem não sabe, ensina
e perguntando-se por que os jovens de origem asiática vão mais longe nos estudos e deixam os brasileiros para trás…
Talvez esse cartum, feito por um oriental, dê alguma pista:

Deve ter alguma relação com a importância que um povo dá à educação e aos professores, não?
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Muito bom.
Como sabe eu também fiz Administração. O complemento da frase é: .
Ab.
Por motivos óbvios (também fiz Administração), não gosto dessa versão!
Falando sério, enquanto escrevia o texto acima, fui pesquisar a autoria dessa frase e terminei encontrando um artigo sobre o assunto, publicado no XXXVII EnAnpad (2013): Quem sabe faz. Quem não sabe, ensina? O papel de diferentes atores em nossa peça não teatral.
O artigo nem é tão grande (14 páginas) e é bem interessante, até pensei em escrever sobre ele!
Entre outras coisas, o autor argumenta que essa frase (usada por George Bernard Shaw, na peça Man and Superman), seria uma distorção da original, de Aristóteles:
.Ele conclui mais ou menos assim:
E aí, o que achou dessa prévia, vale um texto?
Muito bom, com sempre. Vale um texto sim. A frase que postei antes, como comentário, é claro que era gozação. Abs.
Interessante!!!