Em 1941, ainda dependíamos muito do desempenho do café no exterior, a tuberculose ceifava 200 mil pessoas por ano, mais da metade da população brasileira era analfabeta e cerca de um terço das crianças estava fora da escola. Mesmo assim, o escritor austríaco Stefan Zweig viu razões para publicar o livro “Brasil, País do Futuro“.
Eu sei que o tema central do livro era a possibilidade de um país se desenvolver sem guerras. Mas acredito que, com o devido tempo e trabalho sério, o Brasil pode vir a ser o país vislumbrado por Zweig.
Porém, confesso que, quando vejo absurdos como o retratado por Will Leite, fico preocupado:
Fonte: Will Tirando.
O pior é que não é implicância minha. Veja os trechos de alguns artigos sobre o assunto:
Quanto vale a sua privacidade?
Eugênio Bucci (Professor de Ética Jornalística na Faculdade Casper Líbero).
Eis o que esses programas ensinam: que privacidade e liberdade são valores que se trocam por meia dúzia de holofotes, que ser alguém na vida é ir para a Casa dos Artistas, que o circo televisivo tem o direito de seqüestrar qualquer um que a isso se submeta, que esse tipo de sequestro é a sorte grande.
Fonte: Portal do Professor.
Especialistas desaconselham “Big Brother” para crianças
Alberto Pereira Jr. (Colunista da Folha de São Paulo).
O “Big Brother Brasil” vende a idéia de “show da realidade”, mas na verdade é “uma luta, sem princípios, por dinheiro”, afirma Carlos Ramiro de Castro, professor e presidente da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo). O vencedor da disputa recebe R$ 1 milhão.
Ele diz acreditar que o programa não tem nada de educativo e “prejudica a formação da criança”, porque a expõe a uma competição sem valores morais.
Fonte: Folha Online.
A Televisão que deseduca
João Luís de Almeida Machado (Doutor em Educação pela PUC-SP).
O que prevalece nas telinhas entre as 8 e as 10 da noite, período em que as famílias se reúnem em torno da televisão, são as novelas e os telejornais. Dentre eles, aqueles apresentados pela TV Globo são os de maior audiência. E é justamente nesse ponto que começam a surgir os problemas maiores. Sem o controle dos pais, muitas crianças têm acesso a uma programação que não é destinada a elas…
[…]
A violência dessas imagens e atitudes passa, então, a fazer parte dos relacionamentos firmados por essas crianças e jovens com seus pais, amigos, irmãos, professores, tios, desconhecidos,… O medo e a desconfiança, a insegurança e a insensatez se tornam características de nossos filhos, alunos, sobrinhos, afilhados e de todas as crianças e jovens sem que consigamos perceber que uma de suas origens pode ser a televisão e essa programação agressiva.
Fonte: Planeta Educação.
Parafraseando um texto sobre ecologia que li há algum tempo, gostaria de saber:
Hoje, fala-se muito em criar o país do futuro para nossos jovens.
Mas que jovens estamos criando para herdar o país do futuro?
Ah! Sugiro uma olhada na íntegra desses artigos. São curtinhos e valem a pena!
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Muito bom o post e os links.
De tudo do post, o melhor é o questionamento que você fez:
A propósito, viu Felipão? Pela primeira entrevista, se fosse em outro país, do presente ou do futuro, já sairia da mesma forma que entrou!
abs,
José Rosa.
Achei mesmo que você gostaria: as pessoas hoje estão mimando demais os jovens. No longo prazo, não sei se isso será bom para eles…
Com relação a Felipão, ele exagerou. Não sei por que as pessoas têm que se esforçar para serem polêmicas hoje em dia…