
O Outubro Rosa é uma campanha de conscientização que tem como objetivo principal alertar as mulheres e a sociedade sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama. O nome da campanha provém da cor do seu símbolo, um laço rosa que simboliza, mundialmente, a luta contra o câncer de mama.
A campanha surgiu nos Estados Unidos, como resultado de várias campanhas isoladas pela prevenção da doença em vários estados. O laço rosa derivou do laço vermelho da popular campanha de prevenção à Aids e simboliza o medo do câncer de mama, esperança no futuro e a solidariedade com mulheres vítimas da doença.
Seu primeiro uso conhecido foi em 1991, quando laços rosas foram entregues a participantes de uma corrida para sobreviventes de câncer de mama em Nova Iorque. No ano seguinte, o laço rosa foi adotado como símbolo oficial do Mês de Conscientização do Câncer de Mama.
Câncer de mama
O câncer de mama é um tumor maligno, formado pelo desenvolvimento de células de maneira desordenada, em um ou mais nódulos na mama. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), é o câncer que mais causa mortes e o mais comum nas mulheres brasileiras, que o consideram a doença mais temida, já que afeta a percepção da sexualidade e a imagem pessoal.
Por não existir uma causa específica para essa doença, os especialistas apontam alguns fatores de risco que podem levar ao desenvolvimento desse tipo de câncer. Os principais são:
- ser mulher (o que não impede que homens também desenvolvam a doença);
- ter idade avançada (mulheres acima dos 50 anos correm mais risco);
- casos de câncer de mama ou de ovário na família (em parentes de primeiro grau);
- não ter filhos (ou tê-los depois dos 30 anos);
- consumo de álcool (pelo menos uma dose diária);
- excesso de peso (especialmente gordura na região abdominal);
- sedentarismo (falta de exercícios físicos);
- longa fase fértil (mulheres com menarca antes dos 12 anos ou menopausa após os 55 anos têm risco ligeiramente maior de ter câncer de mama);
- ter feito reposição hormonal pós-menopausa (principalmente por mais de cinco anos); e
- exposição frequente a radiações ionizantes (como raios X).
Atenção: a presença de um ou mais destes fatores de risco não necessariamente significa que a mulher terá a doença, mas sinaliza a necessidade de exames preventivos.
Prevenção e detecção precoce
É necessário que a mulher, independentemente da idade, conheça seu corpo para saber o que é e o que não é normal em suas mamas. Ao identificar alterações suspeitas, deve procurar um serviço de saúde imediatamente para uma avaliação profissional.
Além da atenção ao próprio corpo, é importante que a mulher faça exames de rotina, de acordo com sua idade. Esses exames podem ajudar a identificar o câncer antes da pessoa apresentar os sintomas e antes mesmo da detecção pelo autoexame.
No Brasil, as orientações da Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) para a detecção precoce do câncer de mama em mulheres são:
- a partir de 20 anos (ou antes, se usar contraceptivo oral) – exame físico (autoexame); e
- a partir de 40 anos – realizar exame clínico das mamas e mamografia anualmente.
Algumas mulheres podem apresentar alto risco de câncer de mama:
- caso haja na família alguém com câncer de mama masculino;
- caso tenha parente de primeiro grau com câncer de mama antes dos 50 anos; ou
- caso tenha parente com câncer de mama bilateral (ou no ovário) em qualquer idade.
Essas mulheres devem conversar com os seus médicos para avaliação do risco e decisão quanto à conduta a ser adotada.